Que o sonho comanda a vida, isso já todos ouvimos.
Alguns aceitam, outros tão pouco costumam sonhar.
Sonhos possíveis, banais, inesperados, que transportam a memórias do passados e os que provavelmente são “tempo perdido”, os impossíveis.
Mas porque sonhamos? Talvez porque o sonho nos dá o que a realidade nos nega. Nos torna inalcançável.
Será?
O sonho é um prestidigitador hábil, muda as proporções das coisas e as suas distâncias.
O que parece impossivel de alcançar pode estar mais próximo do que pensamos.
Ás vezes não o vemos, outras vezes negamos. Outras, quando alcançamos, desvalorizamos o que temos, como se tivesse nos sido dado. Sem luta , ou conquista. Como se não fosse inteiramente nosso.
E , depois de tudo, só vemos a verdadeira falta que nos faz quando já o perdemos.
Gostar é provalvemente a melhor maneira de ter. Ter deve ser a pior maneira de gostar.
Há quem viva a sonhar. Há quem sonhe a viver. É mais fácil sonhar do que perder, e para quem vive a sonhar é muito mais fácil viver.
"Matar o sonho é matarmo-nos. é mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
(Fernado Pessoa)
Se acreditarmos que a vida não passa de um sonho, de que vale viver se não sonhar?
Dizem que tudo é um sonho.
Para mim, o sonho é tudo.
