A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

e tudo o tempo levou

"Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

 Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

 Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz".

 E a memória vem,
 como a saudade que não vai
 e o tempo que não fica.

sábado, 9 de junho de 2012


Não sei que mundo é este, onde as pessoas tratam-se como desconhecidos, maltratam quem os rodeia e rebaixam quem não seja igual a todo o mundo... O Ser Humano foi a única especie privilegiada com algumas características, algumas delas a capacidade de pensar, falar, escrever e usar a lógica, todas essas habilidades em conjunto é uma exclusividade dos humanos, desde de o início da era Homo Sapiens S...apiens, o mundo mudou completamente desde a descoberta do fogo, da escrita, da fala até como está atualmente.
E agora? Vivemos num mundo insustentável. Num planeta que mal respira, onde milhares de espécies de animais se extinguem e que ironicamente dependemos para viver... E como é possível o único ser com estas capacidades chegar a este ponto?! A sociedade consumista venceu e "valores morais" já não entra no vocabulario de muita gente...
E não é a ti que lutas e tentas fazer a diferença que culpo, mas sim a ti que te acomodas e que aceitas este destino sem futuro.
E no fim, este NOSSO mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos.


http://www.midwayfilm.com/

sexta-feira, 11 de maio de 2012

carta da minha alma ao meu mundo

E se repente todo o teu mundo desabasse
toda a tua vida se alterasse
e todo o teu ser
de um milagre carecesse?

se toda a tua alma se encontrasse
num puro estado de perdição
e toda a tua mente falhasse
perante tal estado de confusão?

se do sonha à realidade tudo se transformasse
num puro e cruel castigo
de quem a alegria demais desejasse
e agora a tivesse como inimigo?


mas esse teu mundo te responde
esse que deste como perdido
que apenas de um outromundo se esconde:
desse que te rodeia sem sentido

desse que te procura e não alcança
nem sabe porque te perdeu
contudo, sempre com esperança
sabe que voltará a ser o "eu"

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

(re)conhecer

Não vivo em função de ti.
Não sou algo a quem possas dizer o que simplesmente queres.
Alguém que possas desejar e depois esquecer.
A quem posas ser tudo, fazer de tudo, para no fim deixares em nada.
Não sou ninguém. Sou alguém. Fui alguém. E nunca em função de nada nem ninguém.
Não vivo em função de ti.
Tentei ser mais, ir mais longe. E isto foi tudo o que consegui.
Por vezes com mais, outras tantas com tão pouco. Sempre pouco de ti. E acredita que já quis muito, sonhei muito, voei tão alto... mas sempre algo me fez voltar, acordar e caír.
Desculpa se esperavas mais de mim, mas secalhar precisava mais de ti.
Somente te menti no que disse fazer-me bem. Afinal magoava mais do que pensava. Minto, eu sabia... Só era mais fácil mentalizar-me que "estava tudo bem". Todos nós sabemos o que não está bem. Só não sabemos como encara-lo. Comodismo talvez.
Afinal não só magoava como ainda te minto. E continuo por não te querer dizer porque "esta tudo mal". Não por não confiar, não querer ou porque tão pouco não me apetece. Apenas porque não tens de saber. Não precisas de saber. Não precisas de fazer perguntas. Só tens de aceitar.
O confuso em mim?
É que o teu aceitar não chega. Preciso que queiras saber, que facas por saber e que perguntes tudo o que se passa.
E, apesar de não viver em função de ti, preciso de ti.
Que me digas o quanto te falto falta.
Os nossos mundo estão tão próximos. Então porque é tão dificil expressar o que de mais forte sinto?
Sou assim, vivo assim, ajo assim, tal como sou.
E não vivo em função de ti.
Choro, grito, canto e digo o que quero, o que penso.
Mas porque nunca te consigo dizer o que sinto?
ás vezes nem eu o aceito. Não quero aceitar.
Talvez porque tu já o fizeste por mim.
E, apesar de não viver em função de ti, preciso de ti.
Acho que já não sei o que é sentir. E este acho apenas existe porque tu existes também. Fazes com que algo saia de mim.
Preciso de viver não só por ti, não só por quem me faz bem, por quem se interessa ou por aqueles que mais amo e quero do meu lado. Não só por aqueles que estão sempre a estender-me a mão e levantar-me quando isso não faz qualquer sentido. Encarar tudo e todos, mais uma vez, não faz sentido.
Preciso de também viver por mim.
Mas viver faz também pouco sentido quando já não sei quem sou.